sexta-feira, 24 de junho de 2011

Preciso pensar o protestantismo pau-brasil!

Luiz Sayão

Preciso pensar o protestantismo pau-brasil!

Protestantismo do país pentacampeão, pentasecular, pós-pentecostal, perigosamente problemático, praticamente pós-moderno!

Para pensar, em prolegômenos, o protestantismo principiante do principal país português, precisamos proferir palavras propriamente planejadas, previamente preparadas, pesquisando os períodos do protestantismo pau-brasil: partindo-se do pioneiro e principiante, e prosseguindo até o presente e pós-moderno.

Possivelmente poderemos prosseguir pincelando o painel polimorfo protestante!

Podemos prosseguir? Perfeitamente!

O primeiro protestantismo é o principiante, o primogênito.

Primaveril!

Parece-me plácido, progressista, platônico e promissor.

Produziu profusamente pastores, presbíteros, pregadores e professores.

Padeceu perigosamente pelo poder dos padres, pois era protestantismo de persuasão!

Porém, prosseguiu, proclamando a Palavra.

Para os pesquisadores, pendia para a perspectiva pró-saxônica.

Por isso, pasmem!

Perdeu a possibilidade de preconizar uma perspectiva protestante pau-brasil.

Praticou a perigosa polarização, protelando um protestantismo palpavelmente pentacampeão, um protestantismo perfeitamente pau-brasil.

Podemos permanecer perplexos!

Pouco passou para o protestantismo preguiçoso projetar-se.

Perfeito protetor do passado, o protestantismo preguiçoso priorizou a preservação do pretérito!

Progressista e paleozóico, pôs em prisão a profecia!

Pôs-se a prosseguir paulatinamente pelo pavimento pachorrento da postergação.

“Podemos praticar posteriormente”, pensavam.

Para que pressa?

Pianissimamente, premiou os prelúdios e os poslúdios.

Preconizou as prerrogativas de uma prepotência possivelmente putrefata!

Pouco pôde prevalecer, pois permitiu a pluralização parcimoniosa do protestantismo principiante!

Era pouco popular, porém pertencia ao “pequeno povo”.

Ponderado, premeditado, predeterminado, parou!

Praticamente parou!

Parou por que?

Petrificou!

Petrificou para propalar o paternalismo, preservando o personalismo profundamente presente no povo pau-brasil.

Pareceu-me parcialmente paranóico, permeado pelo pavor: pavor de prosseguir, pavor de permutar, pavor de prejudicar o passado!

Puxa!

O protestantismo posterior é o protestantismo pró-pentecostes!

Pôs os preteristas em polvorosa!

Passou a possuir o perfil de protestantismo propagador!

Pareceu prejudicar os plácidos e praticar a preteritoclastia!

Passou a pender para uma perspectiva possivelmente pau-brasil.

Porém, perseguiu o prazer e profetizou a proibição!

Prosseguiu proclamando um protestantismo de Parusia.

Passou a pregar pomposamente!

Porém, passou a possuir a preferência dos pobres.

Pôde pregar e profetizar propriamente para os pobres, os paupérrimos, os piores pervertidos e os pretos preteridos pelos poderosos perversos.

Precipitadamente, preferiu o profeta e preteriu perigosamente o professor!

Possivelmente por isso, passou a pulverizar.

Pulverizou em partículas pequeninas, precipitando-se num perfil pavorosamente perturbador!

Pôs-se a projetar pontífices próprios.

Passou a prognosticar, promover prodígios, perseguir principados e potestades.

Proporcionou e potencializou plenamente o perfil polimorfo do protestantismo presente.

Paralelamente, projetou-se o protestantismo possivelmente pró-proletariado.

Propulsionado por perspectivas políticas, pendeu para um posicionamento predominante em parte do planeta que preconizava a polarização “proletariado-poderosos”.

Posicionamente que pulula!

Pareceu-me prioritariamente político.

Passou a preterir o púlpito, e permutou-o pelo palanque.

O pastor-pregador preferiu passar-se por político-prometedor.

Perderam-se os papéis!

Passaram a praticar a parcialidade, pixando os pecados perversos dos povos poderosos, pisoteando os principais da pirâmide do poder.

Porém, politicamente predeterminados, passaram a prender a Palavra para poupar os perversos que possivelmente protegiam o proletariado e praticavam os próprios pecados dos poderosos.

Pode?

Perdidos, passaram a piscar passionalmente para o pensamento pós-cristão, para os profetas das psicologias prevenidas para com a Palavra e para uma pulverização pós-moderna e perdida do próprio pensamento.

Perderam a perspectiva!

Preteriram o porto da partida.

Procuram o porto promissor, possivelmente perdidos em perspectivas e prazeres passageiros.

Papelão!

Que Papelão!

Prometendo progredir, pretendo pensar no perfil do protestantismo posterior, o protestantismo pós-pentecostal.

Plenamente pós-moderno, é prenhe de problemas perigosíssimos.

É perfeitamente paliativo.

Passou a proporcionar aos pobres a perspectiva dos poderosos: a prata pode preencher e é prioridade.

É o protestantismo do poder, da prosperidade e da psicose. O pastor-profeta passou a possuir o perfil papagueador-promotor.

Passa-se por psicólogo, e péssimo psicólogo!

Pulverizados na perscrutação da Palavra, porém perversamente projetados pela pragmática da prata, preferem preterir e pisar as palavras dos principais pensadores do próprio protestantismo.

Os pós-pentecostais prescrevem práticas parvas e pueris! Proclamam perspectivas perdidas, pisoteando a precisão do pensar!

Preconizam pensamentos paliativos!

Parecem predeterminados a promover o perecimento pleno dos próprios pobres.

Para os pesquisadores, é pretenso protestantismo!

Prostituiu-se!

Perdeu-se em promiscuidade!

Pobre protestantismo!

Pobre protestantismo!

É preciso praticar o pranto!

Paremos com o pessimismo, pois o protestantismo é promissor, pujante e prevalecente.

Precisamos pensar e praticar passionalmente o protestantismo parelhado com a Palavra.

Para podermos prevalecer, precisamos ponderar e prosseguir.

A primeira ponderação é a prioridade da Palavra.

Pressuposto primordial!

Precisamos pesquisar, perquirir e pescrutar a Palavra.

Propulsionados pelo perscrutar persistente da Palavra do Pai poderemos perfeitamente prosseguir.

Os preceitos da Palavra perfazem o próximo passo.

Precisamos praticar os preceitos do Príncipe da Paz.

Palavra e Prática prosseguem em par!

Por fim, penso que precisamos priorizar a prece.

Perscrutar e praticar a palavra prepara o profeta, o pregador, o pastor a proferir palavras para o Pai Perene.

Praticar a prece profetiza o prevalecer perpétuo pelo poder do Pai.


Palavra, Preceito e Prece.

Perfil perpétuo para o povo do Pai Perene e do Príncipe da Paz.

Para sempre permanece a Palavra … (Psalmus 119.89)

Fonte: Revista Enfoque
http://www.batistascuritiba.org.br/precisamos-praticar-o-pranto/