sexta-feira, 17 de julho de 2009

Fé e obediência

Leitura: Tiago 2:14-17
“Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”
(Tg. 2.17)

Sofia faz parte da igreja há muitos anos, sendo convertida logo depois do seu casa­mento. Contudo muitos irmãos da igreja nem a conhecem. A razão é que Sofia raramente tem tempo para freqüentar os cultos ou participar das atividades da igreja. Ela é muito ativa em grupos políticos e sociais no bairro onde mora. Sempre está recebendo parentes ou amigos em sua casa. Por isso, não sobra tempo para as atividades congregacionais. Vários irmãos já falaram com ela sobre sua ausência, mas Sofia afirma: "Minha fé é forte. Não tenho que ir ao prédio da igreja par a ser espiritual. Posso ler a Bíblia e orar em minha própria casa."
Os anos se passaram e os filhos de Sofia foram crescendo, não no ambiente de um grupo de crianças e adolescentes cristãos, mas num círculo mundano. Raras vezes Sofia os levou à Escola Dominical ou à Escola Bíblica de Férias ou ao grupo de Jovens. Agora, quando eles vão, sentem como se fossem visitantes.
Sofia chamou recentemente o filho mais velho, agora com 16 anos, para ir com ela a uma campanha evangelística na igreja. "Quem sabe," pensou, "ele já está pronto para se batizar em Cristo. Já tem idade para entender bem". Quando ela mencionou esta idéia para o filho, ele se espantou. "Eu me batizar? Mas, por que?" "Filho, você tem visto a minha fé durante estes anos todos e..."
"Sua fé, Mamãe? Eu nunca vi a senhora dando a mínima importância às atividades da igreja nem às coisas espirituais. Para mim, a fé não é tão importante; o que importa é o estudo para que possa ter uma vida boa daqui a alguns anos." Estas palavras chocaram a mãe. Porém, a Escritura já alertou: "Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta" (Tiago 2.17).
Em toda a Bíblia, o plano de Deus pode se resumir em duas palavras: fé e obediência.
Nos relacionamentos entre o Criador e o homem, desde o princípio, era necessário que o homem aceitasse a palavra do Senhor e cumprisse a vontade dele. Ninguém vai obedecer a uma ordem se não acreditar nela e, se acreditar mesmo, irá obedecer. Fé e obediência, crer e observar, acreditar e fazer: estes conceitos andam de mãos-dadas. Não deve haver um sem o outro.

Pensamento do Dia: Fé e obediência fazem parte do mesmo pacote. Aquele que obedece a Deus, confia nEle; aquele que confia em Deus, obedece-lhe (Charles H. Spurgeon)

Escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado

Quebrando o preconceito

Leitura: Tiago 2:8-13
“se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores”(Tg. 2:9)

O que Tiago quis dizer com as palavras "acepção de pessoas"? Na língua original elas querem dizer "acepção de rostos", isto é, julgar a pessoa com base em sua fisionomia ou sua aparência. É ter uma idéia pre­concebida sobre alguém, antes mesmo de conhecê-lo. Esta é a maneira mundana de agir, mas nosso padrão como cristãs vem do exemplo que nosso Mestre nos deixou. Jesus, o próprio Filho de Deus, veio ao mundo para viver e morrer em nosso lugar, enquanto nós ainda éramos pecadores (Rm. 5.8), pessoas inaceitáveis para Ele. A Bíblia nos diz que devemos ser perfeitas como nosso Pai é perfeito (Mt 5.48). Qual é a atitude do Pai em relação às pessoas? A pregação de Pedro a Cornélio afirma que Deus não faz acepção de pessoas, mas qualquer que faz a vontade dele é aceitável (Atos 10). O julgamento dEle não fará acepção de pessoas, julgando segundo as obras de cada um. Quando o Senhor indicou a Samuel quem era o escolhido para ser o próximo Rei de Israel, afirmou: "porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração" (1Sm.16.7). Portanto, precisamos aprender a olhar o coração das pessoas, isto é, realmente conhecê-las, e não julgá-las de acordo com a aparência. Quais são alguns preconceitos que temos hoje? Às vezes julgamos baseados no nível econômico da pessoa. Supomos que os ricos não têm interesse em coisas espirituais. Por outro lado, falta vontade para pregar a pessoas pobres, sujas ou rudes. Julgamos às vezes de acordo com o nível social e escolar, cor da pele, nacionalidade ou deficiências físicas. Precisamos entender, quanto a estes fatores, que cada pessoa é um indivíduo feito à imagem de Deus. Cada pessoa que conhecemos e cada visita que comparece aos trabalhos da igreja, pode ser alguém que vai aceitar Cristo. Por isso, devemos tratar todos com o mesmo respeito e disposição para ensinar o caminho de Cristo. Precisamos lutar contra qualquer tendência para fazer acepção de pessoas e aprender a aceitar todas como também nosso Pai as aceita. No fim deste trecho, Tiago nos mostra como mudar nossos corações. Ele nos diz que a misericórdia triunfa sobre o juízo. Você tem preconceitos? Quer vencê-los para servir fielmente a Cristo? Então, precisamos desenvolver a qualidade de sermos misericordiosos. Usando de misericórdia para com os outros, tiramos das nossas vidas os preconceitos que nos impedem de sermos praticantes da palavra.

Pensamento do Dia: O preconceito é tão pecado quanto matar alguém (NMP).

Escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado

Há preconceito na igreja?

Leitura: Tiago 2:1-7
“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas”.

Sim, é a resposta.
O sol estava brilhando no céu azul naquele lindo domingo de abril.
Havia um clima de entusiasmo na frente do prédio da igreja. A razão? Era "Domingo do Visitante" naquela congregação, e os cristãos tinham feito muitos preparativos para esse dia. Alguns dos homens pintaram a fachada do prédio e lavaram os vidros, deixando tudo limpinho. Outras pessoas fizeram faxina no salão, enfeitando-o com flores.
As mulheres prepararam um almoço especial para ser servido depois do culto. E todos convidaram seus parentes, vizinhos, colegas de serviço e amigos para comparecerem. Até um grupo saiu pela vizinhança e foi de porta em porta distribuindo convites.
Chegou finalmente a hora marcada e todos estavam animados. Quem viria? Quais dos convidados aceitariam o convite? Vários casais foram designados para ficar na porta e receber os que iam chegando.
A primeira a chegar foi uma jovem senhora com dois filhinhos. Um dos casais a cumprimentou e mostrou onde sentar. Os outros comentaram baixinho: "Essas crianças parecem capetinhas. Será que vão bagunçar o ambiente do culto? Talvez ela deva sentar no cantinho para não ficar perto de muitas pessoas".
O próximo a chegar foi um casal de meia-idade, bem distinto de aparência, evidentemente de um nível social elevado. Vários dos introdutores rodearam os dois e os levaram a um lugar privilegiado. Pensaram: "Tomara que se sintam bem em nosso meio. Este casal poderia acrescentar muito ao nosso grupo".
Chegou em seguida um jovem, cabelo despenteado, calça rasgada, camisa amassada. Um dos homens se colocou na frente dele e perguntou bruscamente: "Quem te convidou?" O jovem explicou que havia achado um convite na calçada e sentiu vontade de ouvir mais sobre Cristo. O homem, com o rosto cheio de desconfiança, mostrou rapidamente um lugar no último banco e voltou depressa à entrada para ver se algum visitante mais interessante tinha chegado.
Qual destes voltará outra vez às reuniões da igreja para ouvir a palavra de Deus? Como os cristãos poderiam saber o que vai no coração de cada um? Será que alguém tomará tempo para saber que aquela jovem senhora perdeu recentemente o marido em um desastre e está lutando para sobreviver emocional e financeiramente? Será que alguém conversará tempo suficiente com aquele jovem para saber que ele veio à Capital para achar trabalho e sustentar seus irmãozinhos no interior, mas perdeu o emprego e está passando fome? Será que alguém se importa? Quais destes corações estão abertos para o evangelho de Cristo? Quais vão ter vontade de ouvir mais devido à acolhida dos cristãos? É possível avaliar o interesse de cada um pela aparência?
Tiago nos alerta em termos diretos: "Se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado". Não há dúvida; a fé em Jesus Cristo exclui a possibilidade de fazer acepção de pessoas.

Pensamento do Dia: Somente um homem medíocre avaliar o outro pela sua aparência (NMP)

Escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado

Tornando-se praticantes

Leitura: Tiago 1:22-25
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. (Tg. 1.22)

Para se aprender a nadar, o aluno tem de ouvir bem as instruções do professor e praticá-las. Se o aluno somente ouvisse as explicações mas nunca entrasse na água, ele não aprenderia a nadar. A aprendizagem na vida cristã é semelhante à natação. Temos de ouvir as instruções que Deus deixou na sua palavra e praticá-las em nossas vidas. Não podemos agradar a Deus sem pôr em prática os seus mandamentos. Se pensarmos que é possível viver a vida cristã somente ouvindo a palavra, estamos nos iludindo. O ouvinte que não pratica é semelhante a uma pessoa que olha no espelho e vê seu rosto, mas quando se retira, logo esquece como era sua aparência. O espelho serve para mostrar o que deve ser corrigido na aparência física. Temos o costume de olhar no espelho várias vezes por dia e, de acordo com o que vemos, penteamos o cabelo, lavamos o rosto ou ajustamos a roupa. A palavra de Deus é como um espelho espiritual. Olhando nela podemos ver o que precisa ser corrigido em nossas vidas. Ouvir a palavra, sem modificar a vida, é igual a ver no espelho o cabelo despenteado e não fazer nada. Neste caso, o que adianta olhar? Tiago ensina como a palavra de Deus se torna valiosa em nossas vidas. 1) Temos de considerar "atentamente na lei perfeita" (Tg. 1.25). É necessário ouvir as Escrituras e prestar atenção nos ensinos de Jesus. Fazemos isto através de leituras bíblicas, meditação sobre passagens, estudos bíblicos profundos, sermões e aulas, sempre nos esforçando para entender o significado de cada passagem. 2) É preciso pôr em prática os pontos aprendidos, se tornando "operoso praticante". "Operoso" significa aquele que faz. Quando a palavra diz que devemos tratar outros como queremos ser tratados (Mt. 7.12), devemos começar a agir assim. Quando aprendemos que não devemos nos preocupar com os bens materiais (Mt. 6.33), deixamos a ansiedade de lado. Com isso, vamos ouvindo a vontade de Deus e colocando-a em prática. 3) É necessário perseverar na prática da Palavra. Não é suficiente ouvir e praticar por algum tempo, alguns dias, um ano ou mais, e depois, quando vierem problemas e provações, desistir. A bênção do Senhor vem sobre quem fica firme no caminho certo até o fim. Esta pessoa será bem­aventurada no que realizar (Tg. 1.25).
Jesus ensinou este mesmo princípio numa parábola que ele contou sobre dois homens que construíram casas. O homem prudente construiu sua casa sobre uma rocha e ela resistiu à tempestade. Jesus disse que este homem representa aquelas pessoas que ou­vem e praticam as palavras dele. O outro homem, chamado de insensato, construiu sua casa na areia, e quando vieram o vento e a chuva, sua casa desabou. Que diferença entre aquele que só ouve e o que ouve e pratica! (Mt. 7.24-27).

Pensamento do dia: Sejamos operosos praticantes da palavra!

Escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado.

Como vencer as tentações

Leitura: Tiago 4:7,8
“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”. (1Co. 15.57).

Será que realmente não temos possibilidade de vencer as tentações? Apesar da sua luta contra o pecado, Paulo declara com absoluta certeza que Deus não permite que o cristão seja tentado além das suas forças, mas proverá livramento para que ele possa suportar (1Co. 10.13).
O primeiro passo, então, é se entregar a Jesus Cristo, se tornando cristão, para receber esta promessa. Aquele que foi "tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado", pode suprir a força necessária para vencermos (Hb. 4.15). A palavra de Deus nos mostra outros passos a seguir para sermos vitoriosos sobre a tentação.
1) Pedir - O cristão tem o privilégio de falar diretamente com Deus e pedir sua ajuda contra a tentação. "Acheguemo-nos, portanto, confiadamen­te, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hb. 4.16).
2) Resistir - Tiago dá um conselho prático: "Resista ao diabo, e ele fugirá de você" (4.7). Ficar perto da tentação, contemplando e querendo fazer aquilo que não deve, é garantir a derrota. Lembre-se do exemplo de José em Gênesis 39: quando a mulher de Potifar insistiu que cometesse pecado com ela, ele saiu correndo, fugindo da tentação.
3) Receber - A palavra de Deus é uma arma eficiente contra os ataques de Satanás. Tiago nos diz para acolher a palavra implantada em nós que é poderosa para salvar as nossas almas (Tg. 1.21). O salmista escreve: "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (SI 119.11). Até Jesus venceu a tentação desta maneira (Mt 4.1-11).
4) Controlar - O pecado começa em nossos pensamentos. Controlar aquilo que pen­samos é um passo muito importante para vencer a tentação. "Tudo o que é verdadeiro, respeitável,... justo,... puro,... amável,... de boa fama, se alguma virtude há, e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe vosso pensamento" (Fp. 4.8). Quando nossas mentes estão ocupadas com tudo que é bom, não deixamos espaço para a cobiça tomar conta. Sem cobiça, não haverá pecado.
5) Confiar - Nós temos um Deus que já garantiu a vitória. É só confiar nele, aquele que é "poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pen­samos, conforme o seu poder que opera em nós" (Ef. 3.20).
Seguindo estes passos, venceremos as tentações que Satanás coloca em nosso caminho!

Pensamento do dia: São necessárias duas pessoas para fazer da tentação um sucesso; você é uma delas (Anônimo)

Escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado

Tentação e pecado. De quem é a culpa?

Leitura: Tiago. 1:13-18
“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz.” (Tg 1.14).

Veremos hoje o processo da tentação e amanhã como podemos evitar o pecado. Tiago nos ensina que a tentação não vem de Deus: "Porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta" (Tiago 1.13). O que vem de Deus então? Todas as coisas boas vêm da mão do nosso Pai que sabe dar somente aquilo que é bom aos seus filhos. Ele é o “Pai das luzes”. O que nos faz lembrar que Ele é o criador dos corpos celestiais que iluminam a terra. Além de ser o criador da luz material, ele é a fonte da luz espiritual a maior dádiva que ele dá aos seus filhos.
Se a tentação não vem de Deus, de onde vem? O que é tentação? Como podemos vence-Ia em nossas vidas? Tentação é a possibilidade de irmos contra a vontade de Deus, uma oportunidade de não agradar ao nosso Senhor. Quando Deus criou o homem e a mulher, ele os criou à sua própria semelhança. Uma das qualidades divinas que nós temos é a capacidade de escolher. Da mesma maneira que podemos escolher fazer o bem, temos a possibilidade de não fazê-lo, ou mesmo, de fazer o mal. A tentação vem quando começamos a pensar em fazer a nossa própria vontade em vez de procurar saber qual é a vontade de Deus. A Bíblia nos ensina que Satanás quer que façamos o mal. Ele é a fonte das tentações. Podemos observar na vida de Jesus como Satanás agiu para fazer com que Jesus pecasse (Mt. 4.1-11). Mas Jesus recusou a aceitar as sugestões do diabo, sempre escolhendo cumprir a vontade de Deus. Por isso, sabemos que a tentação em si não é pecado (Hb. 4.15).
Para que possamos vencer a tentação, precisamos entender como ela se desenvolve em nossas vidas. Tiago explica o processo da tentação quando esta nos leva ao pecado. Ele diz que cada um de nós é tentado pela própria cobiça, isto é, queremos satisfazer os nossos desejos da maneira errada, de acordo com nossa própria vontade e não de acordo com a vontade de Deus. Se ficarmos pensando e meditando naquilo - imaginando como seria - a nossa cobiça vai conceber e dar à luz o pecado. Se vivermos praticando o pecado, ele nos levará à morte espiritual. O apóstolo Paulo afirma que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23).
Portanto, a responsabilidade do pecado é pessoal e individual. Ninguém nos força a praticar o pecado. É uma decisão que tomamos. O ser humano normalmente não quer reconhecer esta responsabilidade. Prefere culpar os outros (até mesmo Deus) por suas próprias falhas. Bem no começo (Genesis 3), quando Adão e Eva pecaram pela primeira vez, o homem culpou a esposa por ter-lhe dado o fruto proibido, e Deus também, por ter-lhe dado aquela esposa. Por sua vez, Eva culpou a serpente que a enganou. De acordo com o raciocínio deles, o pecado praticado não era da sua conta. Mas o Senhor Deus não aceitou este ponto de vista. Até hoje Ele nos considera responsáveis individualmente por nossos atos (2 Coríntios 5.10).

Pensamento do dia: “É melhor recusar a isca do que se debater na armadilha”. (John Dryden)

Escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado

Como Deus dá Sabedoria

Leitura: Tg. 1:7,8.
“Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa”. (Tg. 1.7)


A expressão “ânimo dobre” é usada somente duas vezes no Novo Testamento. E as duas em Tiago (1.8 e 4.8). Ela significa duas almas, dois espíritos ou duas mentes em conflito uma com a outra: Uma crê em Deus e a outra não. Contudo, em oração, temos de entregar tudo a Deus. Não podemos olhar em duas direções ao mesmo tempo. Há pessoas que aceitam Cristo como o Salvador e começa uma vida com ele. Porém, continuam a fazer homenagens ou petições a imagens ou espíritos, além de pedir a Deus. Estas são pessoas de ânimo dobre, divididas nos pensamentos. Existem outras pessoas que dizem aceitar Cristo mas não mudam a suas vidas. Falam de um modo mas vivem de outro. Este é outro exemplo de pessoas de ânimo dobre. Não vão alcançar coisa alguma do Senhor. Tiago diz que estas pessoas devem limpar os corações, achegar-se a Deus e se purificar (Tg. 4.8). O autor de provérbios descreve o oposto do ânimo dobre quando escreve: “Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Pv. 3.6).
Como Deus atende as nossas orações, dando-nos a sabedoria que precisamos?
1) A Palavra de Deus - Ele já deixou para nós a sua Palavra que nos oriente sobre situações da vida. Esta Palavra é útil para o ensino, para repreensão e para educação na justiça (2Tm. 3.16). O Senhor nos deu muitas instruções sobre situações mais variadas, tais como: Relacionamentos em família, boa administração do dinheiro, como tratar nosso chefe, educação de filhos e como agradar a Deus. Muitas vezes não sabemos como agir porque ainda não procuramos a resposta nas Sagradas Escrituras.
2) Pessoas experientes - Deus responde nossas petições através de outras pessoas. Alguém mais com mais experiência de vida ou mais maturidade em Cristo pode nos dar bons conselhos.
3) Portas abertas ou fechadas - Deus nos orienta através das circunstâncias da vida, abrindo ou fechando portas. Normalmente é mais fácil ver esse tipo de ajuda olhando para os anos que já passaram e vendo a mão de Deus facilitando certas decisões e impossibilitando outras. Podemos orar e pedir a Deus que abra as portas sábias na nossa vida e feche os caminhos que não dariam certo.

Pensamento do Dia: Se queremos sabedoria peçamos ao Senhor que atende-nos dando uma visão mais clara do problema que precisamos resolver.

Escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Precisamos de Sabedoria


“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tiago 1.5)

Ontem vimos como o crente pode tirar proveito das tribulações. Mas isto não se dá sem que tenhamos sabedoria. Precisamos dela para enfrentarmos as dificuldades da vida. Diariamente, enfrentamos situações, provações e oportunidades que exigem de nós sabedoria além de nossa capacidade. A vida exige de nós que tomemos decisões e muitas delas difíceis. Tiago nos diz que a soluções, porém, é simples: pedir a Deus. O Senhor Deus é a fonte da sabedoria verdadeira, e dá esta sabedoria a todos que lhe pedirem.
Não se deve confundir sabedoria com conhecimento. Ter conhecimento da palavra de Deus é saber o que a Bíblia ensina. Sabedoria, porém, é bom senso de pôr em prática os princípios e as instruções que ali encontramos. O conhecimento pode ser pode adquirido por meio de esforço próprio, estudo ou memorização. A sabedoria se dá através da bondade de Deus. As palavras “peça-a a Deus... e ser-lhe-á concedida” (Tg.1.5) soam como um eco das palavras do próprio Senhor Jesus quando ele falou: “pedi, e dar-se-vos-á” (Mt. 7.7). O nosso Pai celeste quer nos dá tudo que é bom e útil para nossa vida. A sabedoria nos ajuda a suportar a provação com perseverança e a viver de maneira mais proveitosa. O Rei Salomão no Antigo Testamento é um exemplo claro de maneira em que o Senhor Deus dá sabedoria liberalmente para os que a buscam. Logo no começo do reino de Salomão, o Senhor apareceu a ele, dizendo: “Pede-me o que queres o que eu te dê” (1Re 3.5). Salomão poderia ter pedido riqueza, vida longa, poder ou força militar, mas ele pediu “um coração compreensivo... Para que prudentemente discirna entre o bem e o mal”. Ele estava pedindo sabedoria e Deus se agradou deste pedido, concedendo-lhe tal sabedoria que Salomão é conhecido ainda hoje por esta qualidade.
Há, porém, uma exigência em relação ao pedido de sabedoria: temos de pedir com fé (Tg. 1.6). Temos que confiar que Deus é poderoso para responder e que ele quer nos dar aquilo que estamos pedindo. Lemos em Hebreus 11.6 “sem fé é impossível agradar a Deus...”. A dúvida leva a pessoa a aceitar uma idéia, mas ouve outra, ela muda. É como a onda do mar. Ora crer, ora deixa de confiar no poder de Deus. É necessário, portanto, pedir confiando que receberemos o auxílio, a força, a direção, a solução para os momentos tão difíceis da nossa vida.

Pensamento do Dia: A essência da sabedoria está em antes de começarmos agir ou de tentar agradar a Deus, descobrir o que ele tem a dizer sobre o assunto (D. Martyn Lloyd-Jones)
escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado.

Felizes os Atribulados


“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam”. (Tiago 1:22)

Que idéia estranha! Como alguém pode ser feliz passando um momento de tribulação? Como pode ser isso? Será que a mãe cujo filho está doente pode dizer: “Que bom que meu filho está sofrendo?” ou um pai de família que perdeu o emprego pode pensar: “Que alegria em saber que não podemos mais pagar nossas contas?” Este ensino não nos parece razoável. Como conciliar as duas idéias? Alegria e tribulação?
A nossa reação normal às provações é evitá-las se for possível. Entretanto, se eu esperar a ausência de problemas para gostar da vida, irei desperdiçar uma boa parte dela. Se mesmo nas horas difíceis nos lembramos que algo bom pode resultar desta provação, podemos aproveitar a vida ao máximo. Esta é uma das maneiras de ter aquela “vida abundante”que Jesus prometeu (Jo. 10.10). Para ter esta atitude, precisamos ter confiança nas promessas de Deus de que ele está trabalhando em tudo para o bem daqueles que o amam (Rm. 8.28).
A vida de José, filho de Jacó, mostra com clareza este principio. Ele foi vendido por seus irmãos com escravo, levado para uma terra longe de sua família, posto na prisão injustamente e ali esquecido por aqueles que havia ajudado. Em termos humanos não há nada animador sobre estas situações e todos os anos que teve que suportá-las. Porém, Deus estava preparando José para um período em que iria desempenhar um papel de suma importância na história de seu povo. Muito tempo depois, José afirmou aos seus irmãos: “Vós na verdade, intentaste o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem” (Gn. 50.20).
O resultado de aprender a viver desta forma é duplo: ter uma vida feliz aqui na terra e receber a coroa da vida no porvir. Tiago declara bem-aventurada (verdadeiramente feliz) a pessoa que suporta com perseverança a provação. Há pressões de todos os lados nos incentivando a renunciar a fé e desistir da carreira cristã. Satanás não para de colocar obstáculos em nosso caminho. O mundo tentando nos seduzir. É nesta hora de pressão que podemos ver o valor das provações que já passamos, pois a vitória sobre cada uma, nossa fé fica mais forte, e que produz perseverança em nós. Então, podemos entender: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele”(Fp.1.29).

Pensamento do Dia: O propósito das provações da vida é a edificação, não o nosso prejuízo (Francis Bacon)
escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado.

Alegria nas provações


“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações”. (Tiago 1.2)

Os primeiros leitores da carta de Tiago estavam enfrentando a prova da perseguição. Em Atos 8.1-4 lemos que os discípulos em Jerusalém foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria por causa de uma grande perseguição. Estêvão havia sido apedrejado por pregar o nome de Cristo e outras vidas estavam sendo ameaçadas. Por isso,fugiram da cidade para poupar suas vidas. Nesta dispersão, porém, foram para toda parte pregando o evangelho. Tiago escreveu justamente para essas pessoas. Ele começa a carta dizendo: Tiago... Às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações” (Tg. 1.1).
Você consegue se colocar na posição destes irmãos? Tente imaginar os pensamentos que devem ter passado pelas suas mentes. “Será que vale a pena seguir Jesus?”, “Por que ter fé me obriga a mudar de lugar?”, “Estou cansado de sentir medo, de sempre ficar atento aos perseguidores, dia e noite”. “É difícil demais ser cristão. Voltarei ao que era antes, uma pessoas comum”. “Posso acreditar em Deus, sem ter todos estes problemas?”. Este é o primeiro assunto abordado por Tiago logo no inicio da carta. Vale a pena, sim, ficar firme no Senhor! Inclusive, ele diz, devemos contar como alegria o passar por provações. Mas por que? Como é que as provações podem nos trazer alegria? É porque cada vez que passamos por provações, confiantes em Deus, a nossa fé fica mais forte; isto por sua vez produz perseverança, e a perseverança nos torna pessoas integras e maduras. Então, é uma benção passar por provações. Esta idéia deixa muita gente perplexa, talvez por isso os pregadores da prosperidade o desprezam.
Meus irmãos Deus não está pedindo nada além da nossa capacidade. A alegria aqui referida não na dor ou no sofrimento, não somos loucos, nem masoquistas. Mas a que consiste em saber que tudo vai passar e passarmos por tais provações produzirá em nós o benefício do amadurecimento espiritual. Aprendemos aqui um princípio espiritual: as provações que passamos e vencemos confirmam a nossa fé. Na hora da adoração, no culto, é fácil ser crente, vemos muito entusiasmo, emoções aparentes, sensações e tudo mais, mas quando sua vida não vai bem, quando vem a provação, somente aqueles que tem uma fé real e fortemente alicerçada na Palavra permanecem em Cristo.
Pensamento do Dia: O fogo é a prova do ouro; a adversidade dos homens fortes (Anônimo)
escrito por Jaqueline Foster Bost e adaptado.

É preciso saber viver

Uma breve reflexão sobre a morte precoce de MICHAEL JACKSON e outros astros do mundo pop.

Roberto Carlos e Erasmo Carlos são autores de “É preciso saber viver”, uma canção famosa no Brasil, sendo inclusive regravada em 1998 pela banda Titãs, acredito que, mais do que nunca, precisa ter sua letra relembrada à nossa juventude. A primeira parte da música diz assim: “Quem espera que a vida, seja feita de ilusão, pode até ficar maluco, ou morrer na solidão. É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer. É preciso saber viver.” Lamentavelmente está foi a realidade da morte de Michael Jackson, achou que a vida era feita de ilusão e construiu seu milionário castelo de Peter Pan, mas morreu na solidão e endividado...
Apesar de que nesta semana não se fale em outra coisa na mídia internacional e nacional, não foi apenas Michael Jackson que desperdiçou sua única vida num mundo de ilusão, me vem à mente muitos outros, que como ele eram brilhantes, talentosos e habilidosos no que faziam.
Creio que vale a pena relembrar à atual geração que Marilyn Monroe, morreu também em Los Angeles, em 05 de agosto de 1962 com apenas 36 anos de idade, uma grande atriz, na verdade uma das mais famosas estrela do cinema de todos os tempos, um símbolo de sensualidade e um ícone de popularidade do século XX. Marilyn faleceu enquanto dormia em sua casa em Brentwood, na Califórnia. A notícia foi um choque, propagada pelos meios de comunicação, explorando sobretudo o caráter misterioso em que o fato se deu, prevalecendo a versão oficial de overdose pela ingestão de barbitúricos;
Elvis Presley, morreu em Memphis em 16 de agosto de 1977, aos 42 anos de idade. O que está provado é que ele se viciou em medicamentos perdendo totalmente o controle a partir dos anos 70, quando o Dr. George Nickopoulos receitava abusivas doses de medicamentos para Elvis, culminando assim na sua morte em 1977;
Robert Marley, mais conhecido como Bob Marley, que morreu em Miami, 11 de maio de 1981 com apenas 36 anos. Foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Morreu de Câncer mas defendeu o uso da maconha abertamente e a droga lhe causou muitos problemas;
Jimi Hendrix um dos maiores guitarristas de todos os tempos, morreu em Londres nas primeiras horas de 18 de setembro de 1970, com apenas 27 anos de idade, em circunstâncias que nunca foram completamente explicadas. Havia passado parte da noite anterior numa festa com a namorada, que em seu depoimento, disse que Hendrix teria tomado nove comprimidos de um remédio para dormir que ela utilizava. De acordo com o médico que o atendeu inicialmente, Hendrix tinha se asfixiado (literalmente afogado) em seu próprio vomito, composto principalmente de vinho tinto.
E agora Michael Jackson que entra para estatística de astros mortos precocemente, morreu em Los Angeles, no dia 25 de junho. Foi cantor, compositor, ator, dançarino, publicitário, escritor, e empresário. Mas apesar de tudo isto, morreu falido, porque não soube superar seus traumas.
Realmente é preciso saber viver! E se você não sabe, pergunte ao Criador que ele vai dizer. Davi fez exatamente esta oração: “Ensina-nos a viver os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” – Sl. 90:12. Viva a sua vida, não disperse-a com prazeres inconseqüentes, porque é preciso saber viver, para não ter uma morte abreviada e solitária. Você até pode viver sem Jesus, mas morrer sem ele, é que será um grande problema!
Pr Carlito Paes, Teólogo e Pastor da PIB em São José dos Campos, SP.