segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DIREITOS IGUAIS???

Preocupa-me, sobremodo, o posicionamento de evangélicos, especialmente pastores e lideres denominacionais – inclusive de confissão batista -, que levantam suas vozes ou digitam mensagens de contrariedade diante do Decreto Legislativo, em tramitação no Congresso Federal,, que dispõe sobre convênio entre o governo brasileiro e o governo do Vaticano – leia-se Igreja Católica Apostólica Romana. O que me surpreende é que o motivo, o foco, o clamor, é a exigência de tratamento igualitário para com igrejas evangélicas e outras religiões, e não a reclamação da inconstitucionalidade ou, melhor ainda, a não conformidade com a Lei Maior – que é a Palavra de Deus. Ela preconiza a SEPARAÇÃO ENTRE A IGREJA, que se diz DE CRISTO, e o ESTADO, de se quer dos homens: Uma Igreja livre em um Estado laico e democrático.Pastor. Brito em seu artigo procura deixar claro que a Igreja Católica Apostólica Romana, que ele caracterizou como sendo Igreja Universal dos Apóstolos de Roma, não é a IGREJA DE CRISTO, que as IGREJAS EVANGÉLICAS dizem representar. Ora, se Jesus Cristo recomendou “Daí a César o que é de César e Deus o que é de Deus”. e os cristãos, seguidores de Jesus, foram discriminados e perseguidos pelo Império Romano e pela Igreja Católica, por muitas épocas, nunca deveremos desejar favores e benesses do Estado – reclamando “Direitos Iguais”. A Igreja que se quer denominar IGREJA DE CRISTO – deve fazer sua obra com os homens de Cristo e o dinheiro de Cristo, e os favores e as bênçãos e o poder que vem de Cristo e não do Estado. É pelo Espírito Santo que a verdadeira IGREJA DE CRISTO vence todas as discriminações e perseguições e má vontade de governantes que sobre os homens dominam, Cristo ensinou isso muitas vezes em seus discursos e praticas diante de seus discípulos. E a Sua igreja nascente em Jerusalém viveu isso. Confrontou judeus e gentios, governados e governantes com a PALAVRA DE DEUS, e não apenas com leis romanas ou costumes judaicos. A IGREJA DE CRISTO sobrepuja limites humanos. Não é utopia; é verdade bíblica.. É com tristeza que vemos igrejas e mais igrejas, pastores e mais pastores, lideres e mais lideres, se curvando diante do Estado para deles ter os seus favores. Deixemos isso para a IGREJA CATÓLICA. Ela não tem compromissos com as VERDADES da Palavra de Deus – mas com a sua tradição e o seu magistério eclesiástico, com a mentalidade do Papa e seus Cardeais, segundo seus interesses. Cristo ensinou, claramente, que toda obra de seu Reino – não é deste mundo. Homens de Deus – pastores e a congregação - e os recursos de Deus – dízimos e ofertas e bens e vidas a Ele consagradas – é que devem ser o foco da sua IGREJA. Algumas igrejas, através de seus lideres, buscam, por todos os meios, ”relacionamentos políticos” ou “direitos constitucionais”, livrarem-se de impostos e taxas cobradas pelo governo aos cidadãos e empresas. Mas, incoerentemente, buscam favores e benefícios que são cobertos, financeiramente, por esses mesmos impostos que outros pagam. Se o governo é injusto na cobrança de altos impostos, porque vamos nos beneficiar deles para fazer a obra de Deus, que desde o Velho Testamento prega a justiça, o amor, a santidade, a beneficência?. Precisamos repensar nossas práticas como povo de Deus diante do mundo. Precisamos, como IGREJA DE CRISTO, permanecer longe dos jogos de interesse da política partidária e seus descaminhos. Não é procurando o favor de homens que vamos agradar a Deus. No Evangelho de João, capítulos 14 a 17, há a descrição dos meios disponíveis para a ação poderosa da Igreja na sociedade, sem depender exclusivamente, da boa vontade de políticos e administradores públicos. A VONTADE DE DEUS OPERA SEU PODER E JUSTIÇA E FAZ COM QUE AS COISAS ACONTEÇAM, DE ACORDO COM SEUS PROPÓSITOS. O melhor para a IGREJA é estar no Centro da Vontade de Deus e não querer abrir seu próprio caminho, usando expedientes humanos e influências políticas. Para fazer a obra em NOME DE JESUS, precisamos seguir suas próprias pisadas. Ele é nosso modelo. Em seu encorajamento aos discípulos, para o testemunho da FÉ, Jesus afirmou: “Não é o servo maior do que seu SENHOR. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se ouviram as minhas Palavras, também vos ouvirão a vós” (João 15.19.20)Num Estado democrático temos liberdade de realizar a obra que Deus nos tem comissionado a fazer, e algumas dificuldades. Mas Ele mesmo, O SENHOR DA SEARA, nos concede a presença e o poder do Espírito Santo para realizá-la. E Deus, na PLENITUDE DE SUA EXISTÊNIA, está pronto a ir conosco, testemunhando com todo Seu poder e Autoridade. Que outra igreja, que não pode ser identificada como a IGREJA DE CRISTO, faça convênios, receba dinheiro, receba favores e tudo o mais que queira auferir do poder público! - e na verdade constitucional brasileira assim não deveria ser. Mas, nem de longe, como “EVANGÉLICOS” gritemos e reclamemos DIREITOS IGUAIS. Porque o Decreto em evidência não é de Direito; é USURPAÇÃO DE PODER – tanto do governo da Igreja Católica quanto do Governo estatal. Fiquemos fora desse deslise presidencial, e continuemos, no poder do Espírito de Deu,s a fazer a obra de Deus – apesar de discriminações e perseguições ou má vontade dos que sobre nós governam.. Afinal, o livro de Atos mostra que a perseguição externa, o desprezo governamental, nunca apagou o fogo interno do Espírito Santo na vida da IGREJA ao tempo dos Apóstolos dos primeiros séculos. E a IGREJA DE CRISTO progrediu a despeito de toda obra satânica contra ela arquitetada. Que assim seja conosco também neste início de século XXI. A DEUS TODA GLÓRIA! E não a homens, não a políticos, não a governantes incréus.

Escrito por: Pr. Araúna dos SantosVitória,ES