quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A Morte da Dona Reunião de Oração

Faleceu, na Igreja dos Negligentes e Frios na Fé, dona "Reunião de Oração", que já estava enferma desde os primeiros séculos da era cristã. Foi proprietária de grandes avivamentos bíblicos e de grande poder e influência no passado.

Os médicos constataram que sua doença foi motivada pela "frieza de coração". Constataram ainda: "dureza de coração e de joelhos"; os quais não se dobravam mais, ainda diagnosticaram "fraqueza de ânimo" e muita "falta de tempo e de boa vontade".

A Dona Reunião de Oração foi medicada, mas erroneamente, pois lhe deram doses em grande quantidade de medicamentos errados, tais como: "administração de empresa e organização exagerada para reavivá-la", mudando-lhe o regime, mas isso não adiantou de nada. Deram-lhe também "xarope de reuniões sociais" o qual a sufocou. Ainda medicaram injeções regulares de "competições esportivas", o que provocou má circulação nas veias das amizades e artérias dos relacionamentos, provocando alguns males da carne tais como: "rivalidades e ciúmes", principalmente, entre os jovens. Administraram-lhe muitos tabletes de "acampamentos", e comprimidos de "passeios e dinâmicas sociais", durante os quais ela deveria ficar de repouso, sem participar dos mesmos. Deram-lhe também para tomar muitas cápsulas de "gincana bíblica", mas apenas para lhe diminuir as dores da morte.

Resultado: Morreu Dona "Reunião de Oração!" A autópsia revelou: falta de alimentação apropriada com "O Pão da Vida", carência urgentíssima de líquido santo ("A Água Viva"), ausência quase total de limpeza de pecados e eliminação dos males que estavam em seu corpo através de "choro e lágrimas de arrependimento".

Dona Reunião de Oração freqüentava a Igreja dos Negligentes, situada à Rua do Mundanismo, número 666. Após a morte da Dona Reunião de oração, a liderança da Igreja dos Negligentes resolveu que os cultos de meio de semana não existirão mais. Resolveu também não ter mais Escola Bíblica Dominical, bem como aos domingos, haverá cultos somente pela noite, assim mesmo quando não houver feriados prolongados nos finais de semana, pois seus membros darão prioridade às suas agendas pessoais. Ao final de contas, Dona Reunião de Oração, já não existe mais para "importuná-los".

Que tragédia será quando uma igreja chega a esse estágio. Penso que se não mudarmos urgentemente nossa atitude no que tange à estarmos juntos em oração o quanto antes, teremos uma igreja de negligentes, e ainda faremos apenas de nossos encontros domingueiros um exercício metal e um ponto de encontro dos crentes. A falta de seriedade nas reuniões de oração levou muitas igrejas a se afundarem num ritualismo medíocre, sem poder e sem forças pelas levar ninguém a Cristo.

Em Atos 1.14 antes da escolha de Matias como substituo de Judas havia uma reunião de oração, “Todos estes perseveravam unânimes em oração” . No cap. 2 logo após isto, no dia de pentecostes “estavam todos reunidos no mesmo lugar” e “Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2:1-4) do verso 42 ao 47 vemos que a “igreja perseverava nas orações” e “todos os que creram estavam juntos” e “muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos”. E “acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. Foi na reunião de oração que “unânimes, levantaram a voz a Deus”, “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”. (Atos 4:24,31). Foi na reunião de oração que “o Espírito Santo disse: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. (Atos 13:2).

Disse o Rev. H. D. Lopes: “O crescimento da igreja é uma obra de Deus. Plantamos e regamos, mas só Deus dá o crescimento. Pregamos e evangelizamos, mas só Deus pode abrir o coração. Ensinamos e exortamos, mas só o Espírito Santo pode convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. Mesmo que usássemos todas as técnicas modernas e todos os recursos da terra, jamais poderíamos converter sequer uma alma. O novo nascimento é uma operação sobrenatural e exclusiva do Espírito Santo. Por isso, somente Deus pode agregar à igreja os que são salvos. Sendo assim, precisamos depender mais dos recursos de Deus do que dos nossos recursos. O poder para realizar a obra de Deus não vem da nossa inteligência, ou dos nossos recursos financeiros, nem mesmo das nossas habilidades pessoais, mas de Deus. É ele quem escolhe, regenera, chama, justifica e glorifica. A salvação é obra de Deus do começo ao fim. Sabendo disso, a igreja contemporânea deveria orar com mais fervor e com mais intensidade, como o fez a igreja primitiva. O crescimento numérico da igreja primitiva retrata sua vida exuberante de oração. A igreja orava e os resultados apareciam. Os joelhos se dobravam em oração e os corações se derretiam na presença de Deus em sincera conversão”.

Que a IBMA não despreze a importância da reunião de oração. Que não sejamos achados como negligentes. Que Não matemos aquela que é a mais importante reunião da igreja. Que cresçamos juntos pela Palavra e pela oração.

Pr Nelmo Monteiro

Editado no boletim de 18 de Outubro da Igreja Batista Monte Ararate.